Mulher trans

Kayla Oliveira, a cearense trans que nasceu em povoado do interior e se tornou modelo

Do falecimento da mãe até o apoio recebido pelo pai e avó, Kayla relata sua transição de gênero, o sonho com o mundo da moda e as saudades que sente da terra natal

A jovem de 27 anos, embora viva e trabalhe como modelo profissional em São Paulo, não perde a oportunidade de voltar ao pequeno povoado onde foi criada, em pleno sertão cearense.

“Nasci e me criei entre Tamboril e Saco Grande, no município de Catunda, interior do Ceará (próximo de Crateús). Uma região bem pequena, onde vivem cerca de seis famílias, bem interior mesmo. É tipo um povoado, onde vive a  família da minha avó, o primo do meu avô e outros familiares. 

Entre bois e vacas, cabelos cacheados soltos ao vento, uma parede de tijolo batido ao fundo, ela cruza o chão de terra do curral com o rebolado de quem cruza uma passarela.

A cena tem algo de Juma Marruá, a icônica personagem da novela ‘Pantanal’, mas o vídeo, publicado no TikTok, foi gravado em Catunda, um pequeno município de 10 mil habitantes no interior do Ceará. E a personagem principal também é outra: a modelo trans cearense Kayla Oliveira.

Recentemente, os vídeos de Kayla fizeram sucesso nas redes sociais em perfis do Ceará. Neles, ela aparece montada a jumento, desfilando no chão de cimento queimado, passeando em meio aos arbustos da caatinga ou posando para fotos no curral dos avós.

A simplicidade do local, habitado por cerca de seis famílias, não faz Kayla abandonar a postura de modelo na hora de gravar. Seja no chão de cimento queimado ou em meio aos arbustos da caatinga, ela desfila, posa para fotos, alterna os looks e vive como na passarela.

A cearense de 27 anos, embora viva e trabalhe como modelo profissional em São Paulo, não perde a oportunidade de voltar ao pequeno povoado onde foi criada, em pleno sertão cearense.

“É um povoado bem pequeno, as coisas são bem rústicas, bem tranquilo, de poder dormir até de porta aberta”, afirma a modelo ao g1. “Não é sempre que eu consigo, mas geralmente todo final de ano é sagrado eu ir lá ver eles, todo mundo. Porque são minhas raízes, é onde me reconecto com tudo”.

FONTE: G1

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